segunda-feira, 3 de março de 2014

Ninho de abelha



Depois de muita relutância e com um dinheiro sobrando no bolso, entrei num desses starbucks que tem pelo Brasil. Pedi um pingado e um pão na chapa. Quase fui linchado pelos putos que se vestem estranho. Mas tudo bem, fui para casa com fome e acabei comendo uma bobagem qualquer na rua, não queria fazer janta e queria comer no starbucks.

Acordei e fui trabalhar, trouxe um bilhetinho no bolso: Pesquisar na internet como comer no starbucks. Tudo isso porque a mulher do andar de cima diz que amou aquele lugar. "Nossa, você precisa ir, querido, melhor café do mundo, só é meio carinho." . Sei, sei, melhor café do mundo é um maldito de um pingado. Pesquisei e vi que era um daqueles lugares chiques com nome estranhos para um simples café.

Tudo pronto, preparado para voltar lá e comer o que dizem ser maravilhoso. Chego lá e peço um sanduíche e um tal de frapuccino. Enquanto como, tem um atendente me olhando feio e um adolescente meio estranho sentando na mesa da frente. E de repente, uma música alta surge da direção que o estranho tava sentado. Mas o cara tava de fone. Passados uns minutos, vi que o fone não estava conectado no seu computador. Ele tava de fone com a música saindo do computador dele. E o atendente me olhando feio enquanto isso. E eu lá, tomando um café de bosta com um misto quente mais chique e com o preço que dava para comer pão até o fim do mês. Explodi. Por dentro.

Acho que o doce mais sofisticado que comi foi ninho de abelha, não porque foi caro ou porque era importado ou coisa do tipo, mas sim porque era meio doce e tinha um nome um tanto quanto peculiar. Tão doce quanto aquele cigarro depois de 3 meses de abstinência. Acabei comprando uma carteira logo depois que saí do starbucks, para ver se melhorava um pouquinho meu dia. Até tentei achar uma padaria que vendesse ninho de abelha, mas não achei nada. O sistema definitivamente me venceu. Derrotado por um pão sem graça e um café ruim.

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